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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Brasil desenvolve equipamento para maior laboratório de fusão nuclear do mundo

equipamento para fusão nuclear
                                     (Divulgação)

Pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e da empresa paulistana Politron desenvolveram e construíram um novo amplificador de ondas de radiofrequência que deverá funcionar no principal laboratório de fusão nuclear controlada da atualidade, o Joint European Torus (JET), ou Comitê Europeu Toroidal, mantido pela União Europeia na cidade de Culham, no Reino Unido. O nome do laboratório vem da câmara da máquina que tem forma toroidal, semelhante a uma câmara de pneu, ambas com um furo no meio.

A fonte de radiofrequência está sob a responsabilidade da parceria entre pesquisadores da USP, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Eles constataram que uma fonte com amplo espectro de frequência, flexibilidade e robustez necessária para satisfazer as condições extremamente estritas de operação no JET não existia no mercado mundial.

As usinas de fusão nuclear são a promessa de produção de energia elétrica sem deixar resíduos radioativos e com menos probabilidade de acidentes. O sistema é diferente do atual, de fissão nuclear, que ainda gera desconfiança em relação à preparação de seu combustível e do armazenamento do lixo atômico. Na fissão, a reação nuclear continua mesmo com o reator desligado. Para atingir a tecnologia necessária a uma usina nuclear de fusão comercial até meados deste século, vários experimentos estão sendo realizados no mundo.

O amplificador de ondas de rádio é essencial nesse processo e a única indústria procurada por essa parceria internacional que se interessou em desenvolver o equipamento foi a Politron, que agora está elaborando uma patente da invenção com a USP.

“É um caso paradigmático de colaboração entre universidade e empresa para inovação”, diz Ricardo Galvão, professor e coordenador do Laboratório de Física de Plasmas da USP e coordenador do Projeto Temático “Núcleo de excelência em física e aplicações de plasmas”, apoiado pela FAPESP.

Em 2014 será iniciada a fase mais avançada de medições e capacitação de todo o sistema do JET e os amplificadores são componentes essenciais. “Nosso aparelho opera em condições não atendidas por equipamentos comerciais”, diz Galvão.

Fundada em 1950, a Politron foi a pioneira no país no desenvolvimento de máquinas geradoras de ondas de radiofrequência, usadas nas linhas de produção das mais diversas indústrias, de calçados a mineração.

A empresa é de médio porte e exporta para toda a América Latina. Para Maria de Oliveira, diretora administrativa, a empresa vem sofrendo nos últimos anos com a concorrência chinesa, que inundou o mercado com máquinas de qualidade relativamente inferior fornecidas pela metade do preço no mercado brasileiro. Como é impossível concorrer em escala global, a Politron procura nos últimos anos oferecer produtos para clientes com necessidades específicas.

“Já produzimos máquinas sob medida para laboratórios de várias universidades brasileiras como UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais], Unicamp [Universidade Estadual de Campinas], USP e UFSCar [Universidade Federal de São Carlos]”, conta Maria.

“O desafio é construir um amplificador que sempre funcione dentro das especificações”, explica o engenheiro Alessandro de Oliveira Santos, gerente de pesquisa e desenvolvimento da empresa, que abraçou o projeto por dois anos. O amplificador é resultado de um convênio firmado em 2009 entre o Brasil e a Comunidade Europeia de Energia Atômica.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Pesquisa da USP desenvolve material para substituir amianto

Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) desenvolveram um novo material com as mesmas qualidades e o mesmo desempenho do amianto para a fabricação de telhas. O composto reúne quantidade reduzida de fibras sintéticas – que têm preço elevado no mercado – e foi baseado na estrutura de materiais naturais como o bambu.

“Faz tempo que a indústria brasileira procura uma telha para substituir a de amianto. Fibras vegetais foram testadas, mas elas não têm durabilidade muito boa. As fibras sintéticas foram empregadas, mas com desempenho inferior às de amianto. Desenvolvemos algo que reduz o emprego de fibras sintéticas sem alterar o desempenho da telha”, disse o pesquisador Cleber Marcos Ribeiro Dias, autor do estudo sobre o emprego das fibras.

No Brasil, o amianto é usado principalmente na fabricação de caixas d'água e telhas. Pesquisadores lembram que o produto é nocivo à saúde. No entanto, representantes de empresas defendem que é possível produzir o material de forma segura, garantindo a movimentação da economia e o emprego de milhares de trabalhadores. O amianto é considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na mesma classe que o benzeno, formol e tabaco. Mais de 50 países já proibiram a substância.

Pelo menos cinco estados proíbem a extração, comercialização e o uso do amianto: São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e Mato Grosso. A pedido das empresas produtoras, o Supremo Tribunal Federal analisa se a proibição nesses estados é constitucional.

“Nós fizemos testes do novo composto em escala industrial e já pedimos uma patente com participação de duas empresas, uma de Leme (SP) e outra de Criciúma, que nos ajudaram na pesquisa. Os testes mostraram viabilidade na produção industrial”, disse o pesquisador.

O trabalho, feito com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi desenvolvida no projeto Cimento-Celulose, elaborado pelos professores Holmer Savastano e Vanderley John, da Poli-USP.

sábado, 2 de novembro de 2013

USP tenta transformar algas em biocombustível

As algas são plantas abundantes no litoral do país e podem ser aproveitadas em vários setores da economia. Estudos de laboratório de química e biologia molecular da USP estudam o potencial bioenergético da planta. É o que você vê no quadro "O futuro é agora". 

Clique aqui e assista.

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/meio-ambiente/galeria/videos/2013/11/usp-tenta-transformar-algas-em-biocombustivel