segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pequena semelhança na grafia de marcas não significa uso indevido

A pequena semelhança de grafia e de pronúncia entre uma marca e outra não é suficiente para comprovar o uso indevido, causar confusão entre os consumidores ou revelar prática de concorrência desleal. Esse foi o entendimento da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ao permitir que um centro de radiologia e diagnóstico de Dourados use nome parecido com o de outra empresa que atua no mesmo ramo em Porto Alegre.
 
A empresa gaúcha sustentava que, por atuar na área há 40 anos e ter registrado a marca Serdil no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), possui exclusividade para usar o nome em todo o território nacional. Por isso, tentava impedir que a manutenção da marca Cerdil em Dourados, “sob pena de confundir clientes, profissionais, entidades médicas e fornecedores em relação à identidade de cada uma das pessoas jurídicas”.
 
O pedido foi negado em primeira instância, e a decisão foi mantida por unanimidade no TJ-MS. “Apesar de haver semelhança gráfica e fonética com atuação no mesmo campo, verifica-se que os elementos gráficos são muito diferentes, de modo que não se evidencia possibilidade de erro ou confusão”, afirmou o desembargador Julizar Barbosa Trindade, relator do caso. “A primeira se intitula Serdil, iniciando-se com ‘S’ por se referir a serviços, e [a] segunda com a letra ‘C’ de Cerdil, relativa a centro.”
 
Ele apontou ainda que a área de atuação das empresas é diferente, fazendo com o que público-alvo de cada uma delas esteja em pontos geográficos distintos. Dificilmente, portanto, alguém contrataria uma das empresas por equívoco. “Não bastasse, considerando a questão do aproveitamento indevido e induzimento do consumidor, não se vislumbra dos elementos dos autos o menor indício de que a recorrida tenha se utilizado do nome para aproveitar da boa imagem ou serviço alheio com intenção de subtrair clientes ou fornecedores”, avaliou.
 
Os desembargadores também julgaram improcedente Embargos de Declaração apresentados pela autora. A embargante alegou omissão quanto ao fundamento de que o registro da marca garante ao seu proprietário o uso em todo o território nacional e que a imitação gráfica e fonética é flagrante, pouco importando que o público-alvo esteja em áreas geográficas distintas. O colegiado, porém, negou que o acórdão tenha quaisquer defeitos ou vícios de omissão, contradição ou obscuridade.
 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Samsung registra o nome de seu provável Smartglass

Já se sabe que a gigante sul-coreana vem trabalhando no seu pŕoprio modelo de óculos inteligente para rivalizar com o tão comentado Google Glass. E agora, de acordo com informações do jornal inglês The Guardian, o protótipo já tem até nome.

Gear Blink, essa é a mais nova marca registrada pela Samsung, e tudo indica que será mesmo o nome do dispositivo. Por si só o nome já sugere algo relacionado aos olhos, já que "blink" em inglês significa "piscar". Mas a matéria acrescenta ainda que o nome "Gear" faz referência a periféricos de computação vestíveis, como o Galaxy Gear (smartwatch da marca que foi anunciado na última edição da IFA).

Os rumores em torno desse dispositivo vêm ganhando cada vez mais força, e a estimativa é de que ele possa ser anunciado até o fim do ano. 

Diante do preço que o Google Glass vai chegar ao mercado (US$ 1,5 mil), é bem provável que o aparelho da Samsung entre nessa corrida justamente para oferecer uma alternativa mais econômica aos consumidores. 

Pouco se sabe a respeito do projeto, mas uma patente registrada semana passada mostra que ele terá um fone de ouvido acoplado à haste, além do display e, possivelmente, rodará uma versão do Tizen, sistema operacional móvel da Samsung.

Em setembro acontecerá a IFA 2014, em Berlim, uma das maiores feiras de tecnologia da Europa onde as gigantes anunciam seus lançamentos, e boa parte das atenções dessa edição estarão voltadas para a companhia sul-coreana. Resta-nos aguardar.

Fonte: http://canaltech.com.br/noticia/samsung/Samsung-registra-o-nome-de-seu-provavel-Smartglass/

terça-feira, 27 de maio de 2014

Além de pagode, estas 48 palavras são da Fifa (e só dela)

São Paulo - Quem se indignou com a exclusividade da palavra "pagode" concedida à Fifa - que causou polêmica nesta semana - pode ficar tranquilo: outras 48 expressões garantidas à entidade pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), nenhuma parece ter sentido tão abrangente (veja lista completa ao final).

Com pagode, são 49 termos registrados como "alto renome" no instituto. Se forem incluídas as chamadas marcas figurativas ou mistas, que envolvem figuras e desenhos, a Fifa tem 100 registros do tipo.

Isso significa que eles não são protegidos apenas para determinadas categorias de eventos ou tipos de produtos, como é habitual no país, mas em qualquer utilização e meio.

O processo de alto renome é longo e demorado - e muitas vezes negado pelo Inpi -, mas a Fifa não teve dificuldades.

A Lei Geral da Copa garantiu a ela o direito de registrar de forma facilitada palavras e logos relacionados ao evento na categoria de proteção abrangente.

O benefício é garantido até o dia 31 de dezembro de 2014.

Depois, só ficam valendo sob o registro normal que consta no Inpi, isto é, sem o selo de "alto renome".

Pagode, por exemplo, foi registrado apenas como uma fonte tipográfica e assim deve passar a valer. A recente confusão foi consequência do direito estendido pela Lei da Copa. 

Em relação ao ritmo musical polêmico, a Fifa afirmou que só impedirá seu uso em casos específicos.

No Brasil, a entidade já fez 1.406 pedidos de propriedade de marcas em toda a história. O instituto não tem o levantamento de quantas destas estão válidas hoje ou de quantas nem mesmo chegaram a ser aceitas.

Veja abaixo as 49 expressões da Fifa de alto renome, desconsiderando as marcas figurativas.

No Inpi, é possível descobrir ainda todos os pedidos feitos pela entidade anteriormente. Expressões como "2002 KOREA JAPAN" e "JULES RIMET CUP" são de propriedade da Fifa em casos específicos e, portanto, não constam abaixo.

Palavras registradas de alto renome 
FOR THE GAME. FOR THE WORLD.GREEN GOAL
JUNTOS NUM SÓ RITMONATAL 2014
ALL IN ONE RHYTHMBRASÍLIA 2014
RUSSIA 2018CUIABÁ 2014
WORLD CUP 2018SÃO PAULO 2014
CLUB 2014RIO 2014
COPA 2014PORTO ALEGRE 2014
WORLD CUPMANAUS 2014
FIFA WORLD CUPFORTALEZA 2014
FIFABELO HORIZONTE 2014
COPA DO MUNDOCURITIBA 2014
BRASIL 2014RECIFE 2014
FIFA BEACH SOCCER WORLD CUPSALVADOR 2014
FIFA WOMEN?S WORLD CUPCOPA DO MUNDO BRASIL 2014
SOUTH AFRICA 2010COPA 2014
WORLD CUP 2010WORLD CUP 2014
COPA DO MUNDO 2014COPA DO MUNDO DE FUTEBOL BRASIL 2014
BRAZIL WORLD CUP 2014BRASIL 2014
MUNDIAL DE FUTEBOL BRASIL 2014PAGODE
MEN´S WORLD CUP BRAZIL 2014FULECO
MUNDIAL 2014BRASIL 2014 BID NATION
BRASIL SOCCER 2014FAIR PLAY
FIFA CLUB WORLD CUPFIFA QUALITY TURF PREFERRED PRODUCER
FIFA FUTSAL WORLD CUPFOOTBALL FOR THE PLANET
COPA DAS CONFEDERAÇÕES 

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/alem-de-pagode-estas-48-palavras-sao-da-fifa-e-so-dela

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Nos EUA, Apple tenta banir sete smartphones da Samsung

Após vencer a Samsung nos tribunais e garantir uma indenização de 119,6 milhões de dólares por violação de patentes, a Apple deve voltar aos tribunais contra sua principal rival. De acordo com o site Recode, a empresa de Cupertino formalizou um pedido à Justiça dos Estados Unidos para proibir a venda de sete smartphones da Samsung no país. A maioria dos aparelhos citados não está mais no mercado, mas uma eventual decisão favorável à Apple pode abrir um precedente para que versões mais recentes dos produtos da fabricante sul-coreana sejam banidos por usarem recursos similares.

Entre os aparelhos que estão na mira da Apple estão o Galaxy Nexus (parceria com o Google), Galaxy S II (e suas versões Epic 4G Touch e Skyrocket) e o Galaxy S III. Modelos mais recentes lançados pela empresa, como o Galaxy S5, não foram apontados pela Apple como itens que violam patentes — confira a relação completa na lista abaixo.

“A Apple vai sofrer danos irreparáveis se a Samsung continuar a usar recursos que infringem patentes. Indenizações não fazem a compensação necessária”, diz documento da Apple. A solicitação pede ainda que as vendas de qualquer novo aparelho da Samsung que infrinja patentes seja proibida.

No início de maio, a Apple venceu a Samsung em um processo de patentes no tribunal de San Jose, na Califórina. A Justiça entendeu que a fabricante sul-coreana infringiu patentes ao adotar recursos como o corretor automático de texto e a ferramenta que permite deslizar o dedo sobre a tela para desbloquear o aparelho. Na ocasião, a Apple também foi condenada a pagar 158.400 dólares por infringir uma patente de software da Samsung.

Não é a primeira vez que a Apple tenta banir produtos da Samsung das lojas americanas. Segundo o Recode, dois pedidos da empresa foram rejeitados pelo tribunal de San Jose nos últimos anos.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Unilever vende marcas de molho Ragu e Bertolli por US$ 2,15 bilhões

Unilever fechou acordo para vender suas marcas Ragu e Bertolli, de molho para massas, para a fabricante de temperos japonesa Mizkan Group por US$ 2,15 bilhões, deixando-a mais próxima de concluir a reestruturação de seu negócio de alimentos na América do Norte.
A empresa de bens de consumo anglo-holandesa ainda explora opções para sua problemática marca Slimfast, mas tem dito que uma conclusão nessa frente seria o último passo na racionalização dos seus negócios de alimentos nos Estados Unidos.
A Unilever vendeu recentemente a sua pasta de amendoim Skippy e molhos para salada Wishbone nos Estados Unidos e sua marca Peperami na Europa, conforme se concentra em produtos de crescimento mais elevado e margem maior, como o sabonete Dove.
O acordo mais recente dá à Mizkan, que se declara a maior fornecedora do mundo de vinagre de arroz, uma presença maior nos Estados Unidos e uma forma de se diversificar fora do Japão.
O negócio de molho para massas da Unilever teve volume de negócios anual de mais de US$ 600 milhões e é a marca líder em um mercado com vendas anuais de US$ 2,3 bilhões.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2014/05/unilever-vende-marcas-de-molho-ragu-e-bertolli-por-us-215-bilhoes.html

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Fifa registra uso da marca "Pagode" e gera polêmica

Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Até o momento, mais de 180 registros foram concedidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) à Federação Internacional de Futebol (Fifa) para a Copa do Mundo. Um deles, o da marca “Pagode”, causou polêmica.

Em função da Lei Geral da Copa, a marca passou a ser de uso exclusivo da Fifa. Assim, durante o Mundial, fica proibido o uso da marca para algo associado ao evento. O registro realizado no instituto trata de Pagode como a fonte tipográfica, mas a legislação referente ao Mundial ampliou a restrição.

“O que gerou a grande polêmica é que a Lei Geral da Copa tem uma disposição que diz que a Fifa vai enviar ao Inpi listas de registros que a entidade quer que sejam reconhecidos como marcas de alto renome, que têm proteção para tudo”, disse hoje (21) à Agência Brasil a diretora substituta de Marcas do instituto, Silvia Rodrigues de Freitas.

Isso faz com que a marca “Pagode”, por exemplo, tenha proteção automática para tudo. Como a palavra tem muitos sentidos no Brasil, a diretora acredita que não haverá proibição da Fifa para que o nome seja usado por grupos de pagode. “Não faz sentido”, opinou.

Em geral, existe um procedimento complexo para reconhecimento de uma marca de alto renome no Inpi. Mas a lei isentou a Fifa dos procedimentos.

“A Fifa nos diz quais são as marcas de alto renome e a gente simplesmente publica”, explica. Pela Lei Geral da Copa, o reconhecimento das marcas de alto renome da Fifa tem um prazo de validade.

“O alto renome só vale até o fim deste ano. Isso da marca pagode poder proteger tudo só vale até o dia 31 de dezembro deste ano. A partir de 1º de janeiro de 2015, as marcas que a Fifa quis que fossem de alto renome voltam a ser marcas normais”, disse a diretora do Inpi.

No momento, a Fifa tem 100 marcas de alto renome reconhecidas no Brasil. Há marcas para vestuário, equipamentos, competições esportivas, publicações, por exemplo. “Elas voltam a proteger apenas aquele escopo inicial”, salientou. A lei também dá prioridade aos pedidos da Fifa nos trabalhos do Inpi.

Apesar do privilégio, Silvia aponta que todas as disposições da lei sobre marcas continuam sendo aplicadas aos pedidos da entidade internacional esportiva. “Não é pediu, levou, não. Ele (pedido) só é examinado mais rápido”.

Cerca de 1.406 pedidos da Fifa entraram no Inpi desde os anos de 1970. Desses, 236 foram após a vigência da Lei Geral da Copa, em 5 de junho de 2012. A iniciativa da Fifa não é novidade para o Inpi. Silvia recordou que o Brasil já sediou uma Copa do Mundo, em 1950, quando perdeu para o Uruguai.

E toda vez que o Brasil se candidatava para abrigar uma nova Copa do Mundo ou Copa das Confederações, a Fifa depositava pedidos de registro de marcas no país.

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/fifa-registra-uso-da-marca-pagode-e-gera-polemica

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Os efeitos silenciosos das patentes

É comum escutar que a aplicação dos direitos oriundos das patentes não é eficaz, principalmente no Brasil. Isso faz com que muitos usuários do sistema de proteção por patentes concluam que há expressivo investimento tentando obter proteção de suas criações técnicas, mas sem resultados imediatos.

Essa percepção acontece porque muitos visualizam que estão usando seus portfólios de patentes apenas quando há litígios judiciais devido à confirmação da violação dos direitos. Ou seja, quando um concorrente passa a explorar tecnologia idêntica ou muito similar àquela protegida, sem a devida autorização. Entretanto, um portfólio de patentes é capaz de gerar efeitos bastante silenciosos, de difícil percepção, que provavelmente são os mais eficientes.

As patentes podem exercer sua função sem que o titular adote medidas judiciais extremas. Isso ocorre no momento em que os concorrentes simplesmente respeitam a existência de documentos de patentes válidos, evitando a exploração indevida dos produtos patenteados. Essa situação é pouco lembrada pelos titulares, mas o fato de não encontrar produtos no mercado copiando tecnologias patenteadas pode ser o indício de que o portfólio de patentes está exercendo a sua função de impedir terceiros de explorarem essa tecnologia sem o seu consentimento. Apesar da dificuldade de mensurar se um concorrente deixou de copiar uma tecnologia em respeito aos direitos de uma patente, em se tratando de algo interessante comercialmente, pode-se atribuir certa parcela de responsabilidade ao fato de a mesma estar protegida.

É comum a avaliação da exploração comercial de um produto antes de lançá-lo. Quando da identificação de documentos de patentes, ocorre a mudança de planos e até a suspensão dos projetos, visando evitar as sanções legais. Nestas situações, dificilmente os titulares das patentes sabem que suas patentes exerceram sua principal função, impedindo a exploração da tecnologia patenteada, sem o seu consentimento.

Outra situação difícil de mensurar a efetividade da aplicação dos direitos oriundos das patentes é quando há uma empresa com portfólio robusto, qualitativa e quantitativamente. Ou seja, quando a empresa protege toda e qualquer tecnologia passível de proteção, criando uma imagem de usuária do sistema de propriedade industrial. Quando se consegue atingir esse nível de exposição perante o mercado, além de adquirir um rótulo de empresa inovadora, os concorrentes passam a ter mais cautela na eventual imitação e/ou reprodução de produtos dessa empresa.

Todo e qualquer produto colocado no mercado pela empresa usuária do sistema de patentes será encarado como produto possivelmente protegido, e, consequentemente, haverá o dispêndio de tempo e investimentos para se investigar os riscos de infração. Nesta situação, dificilmente o titular dos direitos tem conhecimento de que as patentes estão impedindo ou restringindo a cópia das tecnologias patenteadas.

Uma situação inversa, cujo titular visualiza e valoriza seu portfólio de patentes mas se apresenta de forma silenciosa para a sociedade, é quando ocorrem negociações entre empresas com a venda de divisões e ativos e, complementarmente, há um portfólio de patentes protegendo as tecnologias exploradas pelas empresas.

Isto ocorreu com a venda da divisão de celulares Motorola Mobility, da americana Google, para a chinesa Lenovo. Notícias foram veiculadas informando uma negociação desfavorável à Google, já que a mesma havia adquirido a unidade há pouco menos de três anos da Motorola por cerca de US$ 12,5 bilhões e, agora, a estava vendendo por apenas US$ 2,9 bilhões.

Muitos acreditaram que havia sido um péssimo negócio. O que poucos notaram é que, nesta negociação, a Google manteve as patentes da divisão Mobility sob sua titularidade e, portanto, os direitos das tecnologias desenvolvidas e utilizadas pela unidade.

Logicamente, não estamos diante de um portfólio com poucas patentes, mas cerca de 17 mil patentes concedidas e 7 mil pedidos pendentes. Dentre esses documentos, certamente há tecnologias milionárias que valem, ou valerão, algumas vezes os valores envolvidos na negociação tida como "desvantajosa".

Assim, apesar de muitos portfólios não serem utilizados de forma litigiosa e alarmante, há casos em que sua função primordial está sendo exercida, inclusive atingindo os objetivos da forma mais adequada e eficaz possível para os titulares.

Fonte: http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2014/05/12/os-efeitos-silenciosos-das-patentes/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Foto com fundo branco agora é patente da Amazon


Uma nova patente conseguida pela Amazon nos Estados Unidos está deixando fotógrafos irados e provocando debates sobre os limites na concessão de registros de propriedade intelectual. A companhia obteve do órgão competente nos EUA a patente para seu “arranjo de estúdio” para fotografias com fundo branco.

A reposta positiva foi dada à empresa pelo escritório de marcas registradas do país (USPTO, na sigla em inglês) em março, mas o caso só foi descoberto na última semana pelo blog DIY Photography.

Os fotógrafos só não estão mais preocupados porque a patente da Amazon para um fundo branco “sem costuras” é extremamente específica.

As nove páginas do processo 8,676,045 (que podem ser vistas ao final) descrevem a posição exata e o tipo dos refletores, da câmera, o ISO correto, a abertura das lentes e outros inúmeros detalhes.

O esquema desenhado no processo, porém, foi chamado pelo site Techdirt de “muito parecido com qualquer foto de estúdio na história das fotos de estúdio”.

Já quem procurar na internet, como sugeriu o site CNET, vai encontrar ainda centenas de tutoriais ensinando como tirar fotos com fundo branco.

Na justificativa do processo, a Amazon afirma que sua técnica, diferentes das que a precederam, permite que o efeito branco seja encontrado sem ter de passar por qualquer ”retoque de imagem, pós-processamento, técnicas de ‘tela verde’ ou outros efeitos especiais de imagem e manipulação de vídeo”.

“Às vezes, sinto que o sistema de patentes é desprovido de senso comum”, reclamou ao site britânico The Register o advogado da Electronic Frontier Foundation, Daniel Nazer.

A Amazon havia entrado com o pedido em novembro de 2011 e até agora não se pronunciou sobre a razão para fazê-lo.

Na internet, fotógrafos não expressam nenhuma preocupação real de que a empresa queira garantir a proteção da sua propriedade intelectual.

Primeiro, porque seria difícil provar que alguém a infringiu apenas olhando fotografias de fundo branco. Além disso, ninguém precisa realmente copiar o esquema detalhado nas páginas enviadas ao USPTO.

O debate maior, segundo especialistas em inovação e tecnologia, é até que ponto o criticado órgão americano seguirá registrando patentes de processos simples ou já amplamente utilizados.

Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/amazon-consegue-patente-de-fotos-com-fundo-branco

Fonte da imagem: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/amazon-consegue-patente-de-fotos-com-fundo-branco

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Suíça TAG Heuer lança celular com bateria infinita

A inovação pode surgir das empresas mais improváveis. Exemplo disso é este novo celular apresentando pela TAG Heuer, fabricante suíça famosa por seus relógios de pulso. Com o sugestivo nome de Meridiste Infinite, o aparelho promete uma bateria perpétua – ou seja, que dura para sempre e não precisa ser recarregada na tomada.

Mas como o dispositivo consegue? Simples: um componente fotovoltaico, nas palavras da própria companhia, fica embaixo da tela de cristal de safira. Ele absorve luz solar, promovendo uma recarga automática sempre que o celular estiver iluminado. Mas o mais interessante é que luz artificial também parece funcionar, o que significa que você não ficará sem bateria mesmo se passar o dia inteiro dentro de um escritório.

No resto das configurações, o destaque fica para a construção do corpo do aparelho, feito de fibra de carbono e titânio. Ele segue os padrões da TAG Heuer, que lançou em 2011 seu Link Phone com uma carcaça parecida – e igualmente bem feita.

O problema aqui é que o Meridiste Infinite não é um smartphone, e sim um mero celular. Assim, seu outro recurso mais inovador é a câmera integrada, acompanhada de aplicativos de calendário, despertador e calculadora. Só não pense que isso deixará o gadget mais barato: apenas 1.911 unidades dele serão fabricadas, e vendidas em locais não divulgados.

Adicione a esse caráter de exclusividade o histórico da empresa – que lançou o já mencionado Link Phone por 6.700 dólares – e teremos algo bem fora da realidade. Mas ficaremos apenas com esta suposição, já que o preço ainda não foi divulgado, bem como a data de lançamento oficial.

Aliás, uma curiosidade: o número de celulares produzidos é uma provável homenagem ao ano de 1911, quando a TAG Heuer patenteou seu famoso primeiro cronógrafo, o “Time of Trip”.

Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/suica-tag-heuer-lanca-celular-com-bateria-infinita

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Campanha divulga nova marca dos Correios

A nova marca dos Correios foi lançada hoje (6) e a criação é assinada pela agência Master Roma Waiteman.


Uma cerimônia realizada em Brasília marcou o lançamento. O evento contou com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, da Diretoria-Executiva da estatal; do medalhista olímpico da natação Gustavo Borges e do campeão de tênis Gustavo Kuerten.



A agência fez um vídeo documentário de 3’ explicando a criação da marca e a projeção mapeada que fará a sua revelação ao público pela primeira vez.



“Se existe uma marca que está junto de todos os 200 milhões de brasileiros é a dos Correios” fala Flávio Waiteman, VP de criação e sócio da Master Roma Waiteman.



“A responsabilidade de comunicar a todos que essa empresa, uma das melhores e mais eficientes do mundo, mudou de marca coube a nossa agência, a Master Roma Waiteman. Uma marca que está tão dentro da nossa vida, que preferimos coloca-la 'abraçando' o brasileiro. É uma honra, antes de um dever, estar com os Correios nesse momento” declara Waiteman.



A campanha desenvolvida pela agência inclui filmes publicitários nas versões 60”, 30”, 15” e 5”, anúncios para jornais e revistas, mídia OOH [MUB, frontlight, adesivos de trem (metrô)] e online, radio, adesivagem dos principais edifícios administrativos da empresa e de parte da frota da estatal nas principais capitais do país.



E também cartazes, folders e mala direta para clientes e fornecedores. A nova marca foi criada por uma empresa gaúcha de branding e design chamada CDA.



As confederações esportivas patrocinadas pelos Correios também apresentaram seus uniformes com a nova marca aplicada — os atletas Thiago Pereira (natação), Poliana Okimoto (maratonas aquáticas), Paula Gonçalves e Bruno Sant’Ana (tênis) e Gil Pires e Jaqueline Anastácio (handebol), além de autoridades, clientes, parceiros e jornalistas participaram do evento em Brasília.



Fonte: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/campanha-divulga-nova-marca-dos-correios

terça-feira, 29 de abril de 2014

União Europeia quer acabar com a guerra de patentes

O órgão regulador antitruste da União Europeia orientou que duas grandes fabricantes de smartphones parem de entrar com processos agressivos de patentes contra rivais como a Apple, buscando abrir o mercado para uma concorrência mais livre.

A Comissão Europeia repreendeu a Motorola Mobility nesta terça-feira por tomar a medida contra a Apple, esperando que a decisão interromperá a crescente onda de disputas jurídicas entre rivais que brigam por lucro no mercado global de smartphones.

O regulador antitruste da UE informou também que a Samsung Electronics deve manter a promessa de não buscar liminares contra rivais caso elas assinem um acordo de licenças.

"A chamada guerra de patentes de smartphones não deve acontecer às custas dos consumidores", disse o chefe antitruste da UE, Joaquín Almunia.

A importante decisão vai ajudar a traçar uma linha sobre a disputa que se arrasta há muito tempo entre fabricantes de smartphones e uma série de ações jurídicas tomadas por fabricantes contra rivais, sob a alegação de que seus desenhos haviam sido copiados.

Apesar de que nenhuma multa será aplicada à Motorola, uma unidade do Google, a Comissão decidiu que a companhia está errada em buscar liminar contra a Apple na Alemanha por copiar uma patente de "padrão essencial", para qual a Apple havia comprado uma licença.

Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/uniao-europeia-quer-acabar-com-a-guerra-de-patentes

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O tamanho do mercado atrai novas marcas

Apesar do crescimento lento da economia, o mercado brasileiro continua a absorver novos produtos em ritmo intenso. Segundo o relatório State of Trademarks, da Thomson Reuters, que avalia o mercado de propriedade intelectual em 186 países, o Brasil apresentou a maior expansão (53%) no registro de marcas comerciais em 2013, à frente da Coreia do Sul (23%) e da Turquia (18%).

O relatório não discrimina a participação das empresas nacionais nesse processo, mas deixa claro a predominância das estrangeiras, sempre em busca de novos mercados.

A alta taxa de crescimento registrada pelo País foi influenciada pela agilização dos procedimentos pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). 

O prazo continua longo pelos padrões internacionais, mas a situação já foi pior. Não faz tempo, um processo desse tipo poderia demorar até quatro anos, segundo os empresários. Nada mudou, porém, no caso do registro de patentes.

Além da atuação mais rápida do Inpi, o ritmo intenso de registro de novas marcas indica que mais multinacionais estão atentas à ampliação do mercado brasileiro de consumo nas últimas décadas.

Com 178,7 mil marcas, o Brasil já ocupa o 5.º lugar nesse ranking, no qual a China (861 mil) supera folgadamente os Estados Unidos (323,5 mil), vindo em seguida a França (252 mil) e a Turquia (220 mil). A tendência é de que os países emergentes, que hoje respondem por 32% das marcas comerciais em todo o mundo, passem a ser responsáveis no futuro por 50%. É curioso notar que o Reino Unido, a Alemanha e o Canadá não estão mais entre os dez que mais registram marcas.

O valor de uma marca é intangível, mas pressupõe investimentos no desenvolvimento de um produto ou serviço e na sua comercialização. Tais investimentos atuam em benefício do País e do consumidor, ao oferecer-lhe maior oportunidade de escolha. Embora uma marca não represente necessariamente garantia de qualidade, ela impõe às empresas que a detêm a responsabilidade pela sua reputação, que, afinal, está diretamente ligada aos resultados de sua operação.

A grande ameaça às marcas com registro e proteção legal é a pirataria ou a falsificação, tanto mais comuns quando mais uma grife passa a ser valorizada pelos consumidores.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-tamanho-do-mercado-atrai-novas-marcas,1151757,0.htm