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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Regulação da Propriedade Intelectual em biotecnologia é tema de livro

Quais seriam os impactos econômicos para a biotecnologia no caso de mudanças na legislação brasileira de propriedade intelectual? Esse foi o questionamento inicial que levou à criação do livro “Propriedade intelectual e aspectos regulatórios em biotecnologia”, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (18/10), no Rio de Janeiro. 

O livro teve como ponto de partida um relatório elaborado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial(INPI) em 2007 e é fruto de cooperação técnica entre as duas instituições. 

O livro teve como ponto de partida um relatório elaborado pelo INPI em 2007 e é fruto de cooperação técnica entre as duas instituições. O Observatório Tecnológico (OBTEC) do INPI orientou a realização das classificações de patentes de biotecnologia, além de levantar dados sobre depósitos de patente nos EUA, Japão, China, Índia, Escritório Europeu e Brasil. Outra contribuição do Instituto foi a análise comparativa dos impactos da legislação do País sobre o Sistema Nacional de Inovação em relação à de outros países.

sábado, 19 de outubro de 2013

Pesquisadores do Ipea defendem regulação da propriedade intelectual mais adequada ao país

Pesquisadores defenderam ontem (18) um modelo de regulação da propriedade intelectual mais adequado ao contexto brasileiro, para tornar as pesquisas no setor de biotecnologia mais competitivas no país. Eles analisaram o tema durante a apresentação do livro Propriedade Intelectual e Aspectos Regulatórios em Biotecnologia, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos e presidente do Ipea, Marcelo Neri, e pesquisadores do instituto, defenderam a discussão do tema, quando foi apresentado um estudo que comparou a legislação brasileira do setor com a dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, da China e da Índia.

A pesquisadora Graziela Zucoloto argumentou que cada país construiu sua regulação em um contexto social, político e cultural específico, e que não cabe ao Brasil copiar modelos de países desenvolvidos, mas discutir o que é vantajoso para sua situação: "Estados Unidos e Europa já estão em um patamar muito mais alto do que nosso. Já têm uma legislação mais desenvolvida, mais recursos e financiamento".

Neri destacou que o país tem grande potencial para a área de biotecnologia, por sua biodiversidade e potencial agrícola, mas precisa tomar decisões sobre a questão. "O Brasil tem uma vantagem comparativa na biotecnologia, que sem dúvida é um elemento importante. Temos acesso a toda uma biodiversidade. Temas como esse envolvem escolhas e decisões políticas, decisões que têm perdas e ganhos. Em qualquer opção que se faça, é preciso encontrar o caminho do meio".

Para a diretora de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação do Ipea, Fernanda De Negri, o país ainda é pouco competitivo na área de pesquisa, apesar de ter instituições tradicionais como a Fundação Oswaldo Cruz e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e uma indústria de alimentos forte.

Segundo Fernanda, uma das coisas que o livro mostra é que a legislação brasileira de propriedade intelectual e de biotecnologia é uma das mais restritivas do mundo do ponto de vista da pesquisa. “Mudar essa legislação vai aumentar essa capacidade de pesquisa? Não é uma resposta trivial. O importante é a gente analisar o arcabouço institucional", avaliou.

O pesquisador Rogério Freitas, um dos organizadores do livro, defendeu que o país precisa de mais gestores de pesquisa e tecnologia, e não apenas de pesquisadores, já que cuidar da administração de uma patente é uma tarefa que muitos cientistas não conseguem conciliar com os estudos. "A obtenção das patentes não é a única questão a ser resolvida. Esse é o final do processo”, observou.

Rogério explicou que as condições brasileiras são muito particulares em comparação com países desenvolvidos e mesmo em comparação a países de desenvolvimento similar. “Existe aí um conjunto de fatores relacionados à parte de financiamento, gestão de mão de obra e transferência de tecnologia das universidades para as empresas. O Brasil passa ainda por um processo de amadurecimento nesses aspectos", destacou.

Sobre mudanças na legislação, Rogério considera que a sociedade também precisa amadurecer, para tratar do assunto com menos paixão: "É uma questão que tem que ser debatida pela sociedade com muito cuidado e até com um certo grau de desprendimento. Tem que se levar em conta os interesses das comunidades locais e os interesses econômicos de explorar essa biodiversidade. Como se distribui o benefício, uma vez que a patente está sendo explorada?"

O estudo mostra que, na área de biotecnologia, apenas cerca de 17% das patentes no Brasil são solicitadas por residentes no país, enquanto nos Estados Unidos alcança 63%; na Europa, 55%; e na China, 48%. Coreia do Sul, China e Israel são os países que deram o maior salto em biotecnologia nos últimos anos.

A pesquisa informa ainda que a legislação indiana, considerada pioneira, é a mais parecida com a brasileira e pode servir como referência. Na Índia, por exemplo, a regulação foi feita buscando atender a interesses públicos, como facilitar o acesso de pequenos agricultores a patentes e garantir a produção de medicamentos para a população.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Biotecnologia: Poucas empresas detem controle de patentes geradas no Brasil

Patentes da área de biotecnologia são tema de análise: o agronegócio vive um dilema no Brasil. Poucas empresas detêm o controle de patentes geradas através da biotecnologia. Como enfrentar este problema que pode gerar no futuro um paradoxo: o Brasil, um dos líderes na produção de vários produtos do agronegócio, assim como em exportação (milho, soja, complexo carnes, cana-de-açúcar), mas não possui as patentes para a produção base destes produtos? 

Thomas Hoegemeyer, da Universidade de Nebraska, EUA, afirmou que é extremamente necessária a participação do setor público no incentivo à pesquisa e no preparo de melhores profissionais para o setor. "Já enfrentamos problemas como este nos EUA e o incentivo das Parcerias Público-Privadas auxiliou na busca do equilíbrio. O Brasil deve pensar mais seriamente nesta questão", destacou. Para Sidney Parentoni, da Embrapa Milho e Sorgo, a situação é mais complexa do que foi antigamente. "Enquanto aqui os investimentos no setor público 'patinam', em países como a China, por exemplo, eles dispararam. Há um compromisso do Governo Federal em aumentar estes investimentos, mesmo porque, o Brasil é um dos países com a maior taxa de adoção de técnicas de transgenia", destacou. 

"O licenciamento desta tecnologia impõe uma pressão competitiva e os produtores podem optar pelo melhor produto conforme sua demanda. O risco do fato de o mercado estar 'nas mãos' de poucas empresas internacionais é de ocorrer uma diminuição da base genética e os produtores ficarem subjugados à pressão dos preços que são ditados pela oferta", explicou. Antônio Fernandes Antoniali, da Semeali, afirmou que existe espaço para o desenvolvimento das empresas públicas. "E ainda acrescento a importância do papel dos Institutos de Pesquisa, que tem conhecimento, tem recurso e muitas vezes ficam reféns das questões políticas. Eles devem ser o 'espelho' do que é feito nas empresas privadas. Há uma concentração muito grande das pesquisas atualmente. É preciso ter transparência com as informações sobre as patentes de Organismos Geneticamente Modificados", disse Antoniali."É preciso avaliar os riscos desta concentração, seu impacto no agronegócio, a internacionalização do mercado, o desaparecimento das empresas e dos institutos de pesquisas nacionais. Por isso se faz urgente maior união do setor ", apontou Antoniali.

As informações partem da assessoria de imprensa do 29 Congresso Nacional de Milho e Sorgo. (CBL).

Fonte: http://www.suino.com.br/TecnologiaNoticia.aspx?codigoNot=M1qwyURdoQI=&title=BIOTECNOLOGIA:+POUCAS+EMPRESAS+DETEM+CONTROLE+DE+PATENTES+GERADAS+NO+BRASIL

domingo, 11 de dezembro de 2011

Típico do Nordeste: acarajé, tapioca, robótica e TI

Robótica, realidade virtual e biotecnologia estão entre as áreas que contribuem para mudar a percepção sobre a região

Faça sua aposta. Em qual estado do País está localizada a sede de uma das maiores empresas de realidade virtual da América Latina, com clientes como Fiat e Petrobras? Se você apontou um estado da Região Sudeste ou Sul, está na hora de conhecer um Nordeste bem diferente daquele visto pelos turistas em busca de sol e belas praias.

Assim como a baiana Absolut Technologies, a empresa de realidade virtual, uma série de companhias “porretas” e criativas vem mostrando ao País _e, em alguns casos, ao mundo_ que o Nordeste é, também, um pólo de inovação.


Tecnologia da Informação (TI), biotecnologia, petróleo e gás e serviços de forma geral são algumas das áreas nas quais as empresas nordestinas mais se destacam, em criação e desenvolvimento de novos produtos e soluções.


Coordenadora nacional do Prêmio Finep de Inovação, que anualmente reconhece as empresas brasileiras mais inovadoras, Vera Marina da Cruz e Silva afirma que o Nordeste vem se firmando como um importante centro de desenvolvimento de novos produtos e serviços no País.



Como parâmetro, ela cita o crescimento do número de empresas da região inscritas anualmente no prêmio. De 12 inscrições em 2001, o Nordeste saltou para 110, em 2009. Em 2008, quando as regras do concurso mudaram e cada empresa passou a se inscrever em uma única categoria, os empreendedores e pesquisadores nordestinos foram responsáveis por 22,66% das inscrições no prêmio. “Quando analisamos os vencedores dos últimos anos, também notamos um relevante aumento da participação do Nordeste” afirma.


Entre os vencedores nordestinos das últimas edições do Prêmio Finep de Inovação há desde empresas que desenvolveram soluções para a área médica a inventores que criaram novos métodos de drenagem para porões de navios petroleiros e mineraleiros. O engenheiro naval maranhense José Luiz Mattos, autor dessa invenção utilizada por empresas do porte da Vale, representou o Brasil no Taipei International Invention Show. Ele já prepara novos projetos. “Meu próximo desafio é apresentar o sistema que desenvolvi para tratamento de água de lastro, considerada hoje um dos grandes poluidores dos mares”, diz Mattos, que tem uma consultoria em pesquisas navais em São Luiz.


Inovações com sabor local


Além da área de petróleo e gás, outros setores que concentram inovações no Nordeste são TI, biotecnologia e todos aqueles voltados para a agroindústria. Francilene Procópio Garcia, diretora da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (ParqTecPB), diz que, diante da ainda pequena infraestrutura para indústrias, a região voltou-se para serviços de alto valor agregado. “Neste contexto, a área de TI, por exemplo, recebeu grande destaque, como no caso do Porto Digital, em Recife”, afirma.


Francilene afirma ainda que, de forma geral, as inovações nordestinas costumam levar em consideração as especificidades regionais. “Os empreendedores buscam, nas características locais, os diferenciais para seus produtos e serviços”, diz.


Um exemplo é a cearense Piscis, que desenvolveu um processo para beneficiar as vísceras de tilápias, peixe produzido em grande quantidade no Estado. André de Freitas Siqueira, responsável pelo projeto, conta que as vísceras do peixe, antes um grande problema ambiental, geram agora um óleo que serve para produção de biocombustível e fabricação de sabão e ração animal.


Recentemente selecionada para receber recursos do Programa Primeira Empresa Inovadora (Prime) da Finep, a Piscis está localizada na cidade de Jaguaribara, onde se encontra o maior açude do Ceará. Por mês, são beneficiados na empresa 7 mil quilos de vísceras.


Segundo Siqueira, doutorando em Biotecnologia pela Rede de Biotecnologia no Nordeste, o óleo já está sendo vendido para uso na alimentação de alguns animais como suínos e aves.

Fonte:http://economia.ig.com.br/inovacao/tipico+do+nordeste+acaraje+tapioca+robotica+e+ti/n1237557023639.html