terça-feira, 15 de novembro de 2011

Negócios que crescem nos bolsões brasileiros de inovação.

MECTRON 

O que faz: o negócio de fabricação de produtos e serviços para as áreas de defesa e aeroespacial foi fundado há 20 anos por cinco engenheiros. "Somos obrigados a desenvolver tecnologias internas, porque essas são áreas controladas pelos países que detêm a tecnologia", afirma o sócio Azhaury da Cunha, 53 anos. Não há pesquisa pura: 95% do portfólio tem origem na demanda do cliente 
Fundação: 1991 
Sede: São José dos Campos (SP) 
Por que é inovadora: é a única empresa do Hemisfério Sul a fabricar mísseis inteligentes de quinta geração 
Aportes: R$ 50 milhões de subsídios nos últimos cinco anos - R$ 15 milhões do fundo BNDESPAR, que desde 2007 é sócio no negócio 
Funcionários: 300 
Faturamento 2009: R$ 69 milhões 

AMAZON DREAMS 

O que faz: especializada em química fina, produz compostos concentrados extraídos de frutas e folhas da floresta amazônica usados pelas indústrias de alimentos funcionais, cosmética e farmacêutica 
Fundação: 2002 
Sede: Belém (PA) 
Por que é inovadora: desenvolveu um processo de extração, purificação e fragmentação de extratos de frutas e folhas que garante um alto grau de pureza e concentração, acima de 75%. Até então o mercado trabalhava na casa dos 30% 
Aportes: recebeu investimentos do Fundo Criatec da ordem de R$ 600 mil e até o fim deste ano contará com mais R$ 200 mil do CNPq 
Funcionários: 450 
Faturamento 2010 (estimado): R$ 1,5 milhão 

VÍQUA
O que faz: o funcionário da Tigre Daniel Alberto Cardoso colecionava ideias não utilizadas pela empresa. Até que resolveu abrir seu próprio negócio para aproveitá-las. Hoje, quem toca a Víqua é seu filho, Daniel Alberto Cardoso Júnior, 32 anos. "Temos mais de cem lançamentos anualmente", diz. A empresa conta com um comitê para aprovar sugestões dos empregados e criou um banco de dados com um acervo de 300 novas ideias de produtos 
Fundação: 1995 
Sede: Joinville (SC) 
Por que é inovadora: 90% dos produtos hidráulicos que já lançou foram novidades 
Aportes: são investidos R$ 1,5 milhão por ano em projetos de inovação, com recursos próprios e com subvenção do BNDES 
Funcionários: 450 
Faturamento: não divulgado


ASGA SOLUÇÕES EM TELECOM 
O que faz: desenvolve sistemas de telecomunicação com transmissão por fibra óptica sob medida para operadoras de telefonia 
Fundação: 1989 
Sede: Paulínia (SP) 
Por que é inovadora: a empresa foi pioneira no desenvolvimento do software 'biling'. Trata-se de um programa que consegue gerar a listagem de todas as ligações feitas por usuários de telefonia celular. O programa foi adotado pela operadora Oi. Lança uma média de 20 novos produtos por ano 
Aportes: contou com vários projetos de subvenção da Finep e participou do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) 
Faturamento 2009: R$ 130 milhões 

CIANET 
O que faz: a empresa oferece soluções de hardware e software para comunicação de dados de alta velocidade, equipamentos para convergência digital e telecomunicações, conversores para redes de internet e centrais telefônicas 
Fundação: 1994 
Sede: Florianópolis (SC) 
Por que é inovadora: criou um equipamento que permite o uso de redes de internet externas (outdoor) com tráfego de 256 megabits por segundo por cabo coaxial, próprio para gerenciamento de grandes volumes de dados e conteúdo digital. Foi premiada mais de uma vez pela Finep como empresa inovadora e recebeu o prêmio Caspar Temer de Inovação 2010 
Aportes: quatro subvenções da Finep no valor de R$ 3,5 milhões, além de investimentos do Fundo Criatec 
Faturamento 2010 (estimado): R$ 15 milhões

DESIDRATEC 
O que faz: desidratação de produtos de origem vegetal, animal e mineral 
Fundação: 2006 
Sede: Fortaleza (CE) 
Por que é inovadora: criou um processo único de evaporação a baixa temperatura, menos de 60° C, que mantém intactas as moléculas e preserva as características dos produtos desidratados. Foi premiada pela Anprotec como a empresa incubada mais inovadora em 2009 
Aportes: dois projetos de subvenção da Finep no valor de R$ 1,2 milhão 
Faturamento 2010 (estimado): R$ 1 milhão 

INVITRO CELLS 
O que faz: realiza testes de toxicidade in vitro usando células e não animais para estudos de eficácia e segurança de produtos fármacos e cosméticos 
Fundação: 2007 
Sede: Belo Horizonte (MG) 
Por que é inovadora: desenvolveu uma tecnologia capaz de identificar com precocidade o efeito tóxico de uma nova molécula 
Aportes: R$ 1,3 milhão do fundo Criatec e R$ 10 mil do Sebraetec 
Faturamento 2010 (estimado): R$ 700 mil 


MODCLIMA 
O que faz: produz chuvas artificiais 
Fundação: 2007 
Sede: São Paulo (SP) 
Por que é inovadora: desenvolveu uma tecnologia para produção de chuva artificial sem aglutinadores químicos, usando apenas água potável. Já fez chover mais de 500 vezes em Santa Catarina, Bahia, Maranhão e São Paulo 
Aportes: R$ 120 mil de subvenção da Primeira Empresa Inovadora (Prime), da Finep 
Faturamento 2010 (estimado): R$ 1,8 milhão 


ENALTA 
O que faz: os softwares e hardwares criados e instalados pela Enalta em tratores, colheitadeiras, plantadeiras e equipamentos de irrigação ajudam usinas de álcool e açúcar a controlar melhor o processo de produção. Foi com a ajuda da Embrapa que o engenheiro Cléber Manzoni, 38 anos, transferiu seu negócio de Catanduva para São Carlos, ambas no interior de São Paulo. "Acertamos a rota depois de patinar dois anos", afirma Manzoni. "Até 2006 tínhamos apenas 15 clientes. Hoje passam de 70 e já exportamos para o Sudão e a Colômbia" 
Fundação: 1999 
Sede: São Carlos (SP) 
Por que é inovadora: o monitoramento realizado pela Enalta aumenta em até 50% a produtividade de máquinas na lavoura 
Aportes: linhas de fomento da Finep, da Fapesp e do CNPq e aporte do fundo de capital semente Criatec 
Funcionários: 47 
Faturamento 2010 (estimado): R$ 4,6 milhões 


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