quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Apple pode trocar o vidro do iPhone 5 pelo Liquidmetal. Conheça um pouco do Liquidmetal



 

A definição científica do Liquidmetal é mais ou menos assim: ele é um membro de uma classe de ligas metálicas conhecidas formalmente como metais amorfos, ou vidros metálicos, porque o material tem algumas propriedades em comum com os vidros, como fragilidade ao impacto e, em vez de um ponto de derretimento fixo, uma perda gradual de integridade em temperaturas elevadas. É uma mescla de coisas das quais você já ouviu falar: cobre, titânio, alumínio e níquel. Então, sim, é só um tipo de coisa, como um polímero, uma liga de alumínio ou um vidro.

O segredo está em como ele é feito: em vez de simplesmente misturar a liga e deixá-la esfriar, as ligas amorfas são resfriadas mais rapidamente. Isso altera as suas estruturas atômicas, o que por sua vez altera as suas propriedades básicas. Metais comuns tipicamente têm estruturas atômicas cristalinas e ordenadas, de modo que tendem a sofrer deformações quando atingidos por impactos ou flexionadas. As ligas amorfas são feitas de átomos caóticos e desordenados, que tendem a voltar à sua forma inicial, de forma mais aproximada a um líquido. (A maioria dos metais têm espécies de fibras ou veios direcionais, como a madeira. O Liquidmetal não tem.)

O que torna o Liquidmetal especial em comparação com outras ligas amorfas é que ele é mais fácil de fazer. Simplificando brutalmente as coisas, basta dizer que ele não precisa ser resfriado tão rapidamente quanto outras ligas amorfas e que ele pode ser resfriado – ou seja, feito – em maiores quantidades.

Você provavelmente já ouviu algo mais ou menos por essas linhas. Mas a menos que você tenha formação em física, descrições como essa não importam tanto. Beleza, ele tem uma estrutura atômica esquisita, mas e daí? Isso é importante por quê?

A coisa mais legal sobre o Liquidmetal é que o seu comportamento vai ficando mais radical à medida que as circunstâncias vão ficando mais extremas. Um trecho de um relatório da NASA sobre a substância:

No experimento, três bolas de aço do tamanho de bolas de gude foram derrubadas de uma mesma altura, cada uma dentro de um tubo de vidro. Cada tubo tinha uma superfície diferente abaixo dele: aço, titânio e Liquidmetal. Após caírem, as bolas foram deixadas quicando. As bolas que atingiram as placas de titânio e aço quicaram por cerca de 20 a 25 segundos, enquanto a bola que caiu na superfície de Liquidmetal quicou por um 1 minuto e 21 segundos. Durante o experimento, esta foi a única bola que quicou para fora do seu tubo.


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