terça-feira, 26 de junho de 2012

Propriedade intelectual: um antídoto para a crise econômica mundial


Num tempo de incertezas econômicas, como a propriedade intelectual pode promover crescimento e gerar negócios? Para responder a essa pergunta, o IPBC – Intelectual Property Business Congress reuniu especialistas mundiais da proteção ao conhecimento na manhã desta quarta-feira (26) em Cascais, Lisboa. O presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) Jorge Ávila afirmou que a inovação é o melhor caminho para gerar valor na economia mundial. “Nesse sentido, a propriedade intelectual é a grande ferramenta para proteger e comercializar produtos e tecnologia num contexto global”, explicou o brasileiro.

O presidente da Athena Alliance, Kenan Jarboe, levantou outro desafio para o uso estratégico da propriedade intelectual como um recurso de combate à crise econômica: combater a visão fragmentada que a sociedade tem sobre o tema. “Não se trata simplesmente do registro de uma patente. O uso da propriedade intelectual como ferramenta de desenvolvimento é fruto de uma cadeia feita inovação, capital humano, desenvolvimento tecnológico, leis, consumidores, investidores e bens intangíveis”, detalhou o executivo. Jeffrey Hardy, diretor da Bascap - Business Stop Counterfeiting as Piracy, lembrou que, se a cultura de proteção ao conhecimento não se fortalecer no mundo até 2015, a pirataria vai trazer um prejuízo global de 1.770 bilhões de dólares  e gerar o desemprego de  2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da sua empresa.

A estratégia da Microsoft para fortalecer a propriedade intelectual dos seus ativos e combater os efeitos da crise mundial é colaborar para a acessibilidade de pequenas e médias empresas aos sistemas de registro e proteção do conhecimento. A empresa está promovendo a campanha Ideas matter, que traz depoimentos de formadores de opinião como Philippe Lacoste, Christian Peugeot, e Simon Burvill sobre a importância de proteger o conhecimento. “É fundamental que as pessoas entendam a necessidade de respeitar os produtos da criatividade e do trabalho alheio. As novas gerações acham que tudo deve ser graça, que o copyright é um problema. Mas não levam em conta como isso prejudica artistas locais, por exemplo”, explicou Ronald Zink, diretor europeu da Microsoft.

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