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Imagine se a merendeira pudesse funcionar como uma minigeladeira, que conservasse o lanche em temperatura ideal. Ou, quem sabe, ter um criado-mudo refrigerado, no qual fosse possível manter remédios em condições adequadas. Um processo inovador desenvolvido pela Embraco pode mudar nossa forma de pensar em equipamentos de refrigeração, que devem passar de grandes sistemas estáticos a pequenos objetos portáteis.
O segredo está na redução das dimensões dos compressores, principal componente dos sistemas de refrigeração. Modelos tradicionais, que costumam ser do tamanho de uma bola de futebol, pesam em média sete quilos. Já os novos microcompressores da Embraco, que chegam ao mercado este ano, são um pouco maiores do que uma lata de refrigerante e pesam apenas 1,3 quilo. Para que o resultado fosse alcançado, foram necessários aproximadamente quatro anos de pesquisas. O valor total do projeto foi de R$ 2,65 milhões, dos quais R$ 796 mil aportados pela Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.
“Nosso objetivo daqui para frente é desenvolver equipamentos cada vez menores”, afirma Fábio Klein, diretor Corporativo de Desenvolvimento Tecnológico da Embraco. Segundo Klein, a empresa agora estuda as oportunidades de negócio que surgem com a miniaturização. A primeira aplicação prática será na área de refrigeração de componentes eletrônicos de máquinas industriais.
O microcompressor se mostrou uma solução competitiva para dissipar o calor gerado neste tipo de sistema, utilizado, por exemplo, em torres de telefonia celular. Por isso, a linha piloto para esta aplicação já foi instalada na fábrica de compressores de Joinville (SC), cidade onde fica a sede da Embraco. A empresa estuda também a utilização da nova tecnologia em diversas soluções de geladeiras portáteis, como é o caso das lancheiras, além de trabalhar no desenvolvimento de compartimentos refrigerados que aumentem a eficiência do transporte de órgãos destinados a transplantes.
Roupa refrigerada
Outra possibilidade, ainda em fase de protótipo e que tem alcançado resultados positivos, é a roupa refrigerada. Em um país tropical como o Brasil, onde não raramente a temperatura ultrapassa os 40 graus, poderíamos substituir os ventiladores por camisas refrigeradas. Seria uma espécie de ar condicionado pessoal. Na Copa do Mundo ou nas Olimpíadas, atletas usariam uniformes esportivos que aliviassem o forte calor. A roupa só seria desligada ao ser iniciada a fase de aquecimento para a competição.
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