domingo, 19 de agosto de 2012

Catarinenses aprovam programa de incentivo à empresas de tecnologia


O governo federal apresenta amanhã, dia 20, em São Paulo, um programa que destinará R$ 486 milhões para o setor de software até 2015. A ideia é apostar nas startups (empresas inovadoras iniciantes), criar uma certificação para que pequenas e médias empresas possam participar de compras públicas e instalar quatro centros de inovação no país, além de capacitar mais de 50 mil profissionais.

A meta é dobrar o faturamento do setor, para US$ 200 bilhões, e criar 900 mil empregos em 10 anos. Segundo Guilherme Bernard, presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), SC, historicamente, tem conseguido atrair recursos do governo federal para investimento nas empresas catarinenses.

— O valor de R$ 486 milhões é significativo, dependendo de sua distribuição e aplicação. As ações devem priorizar empresas de pequeno e médio porte, que são as que mais sofrem com a carga tributária proibitiva hoje no país — diz.

Do faturamento de US$ 14,5 bilhões do mercado brasileiro de software e TI em 2011, 91% eram provenientes de serviços de menor valor agregado. Com a certificação, o governo quer usar seu poder de compra para dar preferência a um software de procedência nacional.

As metas são ambiciosas, mas possíveis, conforme Bernard:

— Hoje, as empresas catarinenses crescem entre 20% e 30% por ano. Somos mais de 20 mil profissionais no Estado. As perspectivas nos próximos 10 anos são bastante animadoras para SC contribuir ativamente na criação destes 900 mil empregos em todo o país. No Estado, devemos criar 11 mil postos até 2014.

O governo também passará a atuar como incentivador de startups ao fomentar cinco aceleradoras que reunirão entre oito e 10 empresas iniciantes. O investimento em cada uma será de no máximo R$ 200 mil. A meta é investir em 150 até 2015 (25% estrangeiras, para estimular o intercâmbio de ideias, como acontece no Vale do Silício).

Para Bernard, incentivar o nascimento e a aceleração de negócios, especialmente as startups, é fundamental, mas governo federal, nesta sua proposição, foi tímido.

— O governo de SC já atingiu mais de 150 empresas em dois anos de operação do programa Sinapse da Inovação — observa.

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