segunda-feira, 28 de abril de 2014

O tamanho do mercado atrai novas marcas

Apesar do crescimento lento da economia, o mercado brasileiro continua a absorver novos produtos em ritmo intenso. Segundo o relatório State of Trademarks, da Thomson Reuters, que avalia o mercado de propriedade intelectual em 186 países, o Brasil apresentou a maior expansão (53%) no registro de marcas comerciais em 2013, à frente da Coreia do Sul (23%) e da Turquia (18%).

O relatório não discrimina a participação das empresas nacionais nesse processo, mas deixa claro a predominância das estrangeiras, sempre em busca de novos mercados.

A alta taxa de crescimento registrada pelo País foi influenciada pela agilização dos procedimentos pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). 

O prazo continua longo pelos padrões internacionais, mas a situação já foi pior. Não faz tempo, um processo desse tipo poderia demorar até quatro anos, segundo os empresários. Nada mudou, porém, no caso do registro de patentes.

Além da atuação mais rápida do Inpi, o ritmo intenso de registro de novas marcas indica que mais multinacionais estão atentas à ampliação do mercado brasileiro de consumo nas últimas décadas.

Com 178,7 mil marcas, o Brasil já ocupa o 5.º lugar nesse ranking, no qual a China (861 mil) supera folgadamente os Estados Unidos (323,5 mil), vindo em seguida a França (252 mil) e a Turquia (220 mil). A tendência é de que os países emergentes, que hoje respondem por 32% das marcas comerciais em todo o mundo, passem a ser responsáveis no futuro por 50%. É curioso notar que o Reino Unido, a Alemanha e o Canadá não estão mais entre os dez que mais registram marcas.

O valor de uma marca é intangível, mas pressupõe investimentos no desenvolvimento de um produto ou serviço e na sua comercialização. Tais investimentos atuam em benefício do País e do consumidor, ao oferecer-lhe maior oportunidade de escolha. Embora uma marca não represente necessariamente garantia de qualidade, ela impõe às empresas que a detêm a responsabilidade pela sua reputação, que, afinal, está diretamente ligada aos resultados de sua operação.

A grande ameaça às marcas com registro e proteção legal é a pirataria ou a falsificação, tanto mais comuns quando mais uma grife passa a ser valorizada pelos consumidores.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-tamanho-do-mercado-atrai-novas-marcas,1151757,0.htm

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